sábado, 30 de maio de 2009

Filosofia do Sangue


Lestat é mesmo uma figura. Quer ser santo! (sério), tem seus princípios e não gosta de ser visto como uma criatura má pelos vampiros e mortais com quem convive.
Na Fazenda Blackwood Lestat estava vivendo confortavelmente com Quin Blackwood, por quem estava apaixonado. Quin, por sua vez, um vampiro recém transformado, não queria se desapegar da família mortal mesmo agora que havia se tornado um vampiro mantendo segredo de sua verdadeira condição para os parentes e empregados da mansão.
Tudo estava bem até o aparecimento da jovem Mona Mayfair, ex namorada de Quin, muito doente, à beira da morte. Ela consegue fugir do Centro Médico Mayfair, onde estava internada a dois anos em situação crítica para morrer ao lado do homem que amava. Quin fica muito abalado e decide transforma-la em uma vampira. Como nunca tinha transformado alguém antes pede para que Lestat o faça.
Com o despertar pra nova vida, Mona se sente mais determinada em sua vontade de descobrir a verdade sobre um segredo familiar envolvendo sua filha desaparecida com um povo chamado de Taltos. Então a história dos vampiros se cruza com a dos bruxos Mayfair cuja trajetória repleta de segredos e poder se esconde por trás de uma família muito bem sucedida no mundo todo com suas empresas multimilionárias.
É uma história boa de se ler. Anne Rice aqui segura um pouco a ação pra mostrar seus temas filosóficos que caracterizam seus vampiros. Por exemplo o fato de Lestat ser fascinado pela ideia da redenção, de ser um ser provido de uma forte espiritualidade e passar os seus valores para os seus companheiros imortais, Mona e Quin, ensinando-lhes seus princípios básicos - um deles é que só se deve se alimentar da escória marginal da sociedade. Além disso ainda tem a súbita paixão pela bruxa Rowan Mayfair que o conquista de maneira misteriosa num jogo de entregar e recuar de ambas as partes.
Cântico de Sangue é a última Cronica Vampiresca. Anne Rice mostra mais uma vez seus sofisticados vampiros com sua eterna luta pra sobreviver na eternidade, com sua filosofia própria, com seus detalhes que fazem com que o leitor pense como um vampiro.
Já encontrei um site de download com todas as crônicas. Comecei pela última mas já já vou pra primeira, Entrevista Com o Vampiro. Os autores são incríveis quando criam um mundo todo com detalhes, sem deixar passar brechas. Anne Rice é uma delas, vale a pena conhecer esse mundo de imortais que não são clichês como aqueles vampiros que estamos acostumados a ver no cinema. Recomendado.

segunda-feira, 25 de maio de 2009

Os zumbis de LaBruce



Eu não queria fazer duas postagens seguidas sobre filmes mas não vai dar. Vamos lá.
Não sou muito chegado em filmes de terror porque grande parte do que é feito hoje ( e num passado não tão distante ) vem do lado B ou C ou D (...) do cinema. Muito preocupados em mostrar sangue e morte, os filmes deixam de lado o roteiro tornando a coisa toda bem previsível. O povo gosta, fazer o quê?!
Em compensação não é todo mundo que gosta de coisas trash. Eu gosto. E ontem assisti Otto, Or Up With Dead People, do LaBruce. O filme mistura zumbis, gays, muito sangue, um pouco de sexo, política e clichês intencionais do mundo undergrownd.
Medea é uma cineasta gótica, está produzindo um filme chamado Or Up With Dead Peoples a 6 anos com a ajuda do seu irmão Adolf e de sua namorada Hella - curiosamente Hella só é mostrada em preto e branco e sua voz não é ouvida, em todas as cenas em que ela fala aparece uma tela preta com uma legenda em seguida, como se ela vivesse em um filme do cinema mudo.
Enquanto isso Otto, um zumbi que não sabe quem é e nem de onde veio, vaga em direção a Berlim. Tendo dificuldades de conviver com a sociedade ele se abriga num parque de diversões abandonado até que encontra Medea que vê no rapaz o sentimento que procurava pro seu filme. Então ela pede pra que Fritz, ator principal, cuide de Otto até o final da produção o abrigando em sua casa.
Conforme vaga pelas ruas da cidade, Otto vai tendo vagas memórias de quem ele era, inclusive de que tinha um namorado, que trabalhava num açougue e que era vegetariano - motivo pelo qual ele não gosta de carne humana, só da de animais - o_O!.
LaBruce fez um trabalho muito criativo enriquecendo o tema zumbi com sua crítica suave ( neste caso em particular eu achei ), uma fotografia maravilhosa e um roteiro simples. Mas de todo jeito Otto, Or Up With Dead Peoples não é pra todo mundo. Dentro dessas qualidades que eu citei acima há cenas de muito sangue, nudez e sexo explícito. Nada que uma pessoa de mente aberta se importe tanto, né?
;D
Otto, Or Up With Dead Peoples (2008)
Gênero: Terror, Drama, Comédia
Diretor: Bruce LaBruce
Fonte: Making Off

sexta-feira, 22 de maio de 2009

Uncult is cool



Bem, eu tenho bastante tempo livre desde uns dois anos atrás - não vou ficar citando meus fracassos pessoais aqui hahaha! - e agora eu resolvi aproveitar pra conhecer melhor as coisas que eu gosto de assistir.
Muita gente tem mania de citar diretores, dizem que eles são um máximo mas não viu mais de um ou dois filmes do mesmo. Eu já fiz isso algumas mas essa fase cool passou. É muito fácil encontrar fulano citando Fellini, Nouvelle Vague, Expressionismo Alemão, Nietzsche, Woody Allen (...) e na verdade nem gosta ou não entende...
Pra não dizer que eu sou fake, tudo que cito eu gosto e eu não gosto de grande parte dos clássicos - na verdade não tenho muita paciência pra ver, existem coisas muito cansativas no cinema e os clássicos são uma delas - e não gosto de filosofias complexas. Porque dizer que aquilo é mais profundo do que isso, ou que isso tem mais conteúdo do que aquilo? Tudo tem seu proveito, nem que seja pra divertir, tipo funk proibidão!
É, eu gosto de filosofia barata, filosofia high school, coisa e tal desde que seja bem feita e sim, existe muita gente que sabe fazer a coisa bem feita. Vejamos a escola de cinema austríaca com seu olhar "indecente" sobre temas como violência, tensão e sexo com grandes nomes como Haneke e Spielmann. Ou a escola subversiva e ousada de Labruce, John Cameron Mitchell. Outros chocantes em grau um pouco menor como Gus Van Sant, Gregg Araki, Bertolucci. Ainda tem as comédias de humor negro de Almodóvar.
Em controvérsia nem é preciso parar e pensar muito que isso é o "novo clássico", porém, o público tá ficando cada vez mais difícil de se impressionar com essas fórmulas. É bem provável que esse "cinema que choca" daqui uns tempos não choque mais. Um bom exemplo é Funny Games de 1998 e o Funny Games de 2007. Haneke aceitou fazer uma versão americana da sua obra prima com a condição de que pudesse filmar todas as cenas. Olha que esse é um filme em que muita gente não consegue terminar, ou então faz pausas enquanto assiste pra digerir melhor. Porém já li gente dizendo que o público não se surpreende mais tanto assim. Não deve ser bem assim, afinal, não é todo mundo que tem estômago de ferro e sangue de barata mas as coisas estão caminhando lentamente por aí. As fórmulas vão mudando e novos clássicos vão surgindo.

terça-feira, 19 de maio de 2009

América América!

Bem, não é só de Inglaterra que meus ouvidos sobrevivem ( neste momento escutando os novaiorquinos do Young Love ), tanto que no post sobre bandas inglesas também foram citadas bandas americanas - dessa vez, nas entrelinhas, eu cito as canadenses haha!
Enquanto os ingleses faziam sua música, os americanos faziam as deles paralelamente, grande parte inspirada no que surgiu lá do outro lado do oceano, misturando suas próprias influências, dando seu toque pessoal. Desse modo surgiram misturas de rock com cowntry, algumas reciclagens dos eletrônicos dos anos 80, outras do blues, progressivo e por aí foi.
Aqui vão minhas citações que também servem como indicações do que eu considero bom:
Jenny Lewis possui uma das minhas vozes femininas preferidas, potente como daquelas cantoras de cowntry do Texas, é vocalista da banda Rilo Kiley que mistura indie rock com cowntry, blues, jazz

The Killers começou com algo de 80´s com seus sintetizadores no Hot Fuss, no 2° disco fez algo mais agressivo, lançou a moda (horrível!) do bigodinho, e agora no Day & Age mistura um pouco de um e de outro. O Brandon deixou a fama subir a cabeça mas não deixa de ser...

The Decemberists fazem música poética, uma mistura de rock e folk, muitos instrumentos e o Colin Meloy é dono de uma das minhas vozes preferidas.

Som bem cru, riffs pesados de guitarra e um vocal feminino marcante. Be Your Own Pet já foi comparado com Yeah Yeah Yeahs pela voz das vocalistas serem parecidas, assim como o modo que cantam.

De Nova York, Interpol foi uma das bandas que levantou a bandeira Joy Division de ser nos EUA, a voz do Paul Banks tem sua semelhança com do Ian, fora a música com arranjos de baixo em evidência. O som mudou um tantinho no último álbum, Our Love to Admire, mas foi pouquinho mesmo.

Kings of Leon tem uma pegada dos rítimos negros americanos, o próprio vocalista tem uma voz de barítono do blues com seus gritinhos em algumas músicas.

Death Cab Fot Cutie se tornou famoso depois do seriado The O.C., por ser a banda preferida do Seth Coen. Visual nerd, as músicas deles são simplesmente uma mais LINDA do que a outra. São donos da música que eu considero como minha preferida, Lightness.

Fora essas ainda tem muito mais. Assim como fiz com o post das bandas inglesas fui pegando as primeiras da minha lista no lastfm. Pra quem não conhece aqui fica a dica e se deixei alguma de fora pode comentar.

domingo, 17 de maio de 2009

Amor, estranho amor de verdade


Às vésperas de começar a 3° temporada de Skins eu já estava super animado porque a protagonista seria a Effy, de quem eu gostava desde as duas primeiras temporadas, apesar de ter sido pouco abordada nelas. Quando saiu o primeiro episódio gostei de cara de todo o novo elenco fora a Panda e a Effy que já estavam.
Ao longo dos episódios Effy se mostrou o que eu imaginei mesmo que fosse: uma garota sensível por trás de uma fantasia de "gostosona misteriosa", como diz o JJ no último episódio. O que ela faz quando nota que poderia ter um interesse maior do que ela mesma se permitia por Freddie? Veta o coitado pegando o melhor amigo dele, o escroto do Cook. Sempre que ela baixava a guarda pros seus sentimentos se punia e mais ainda o coitado do Freddie. E assim segue até quase no final, quando ela decide passar por cima dos traumas de sentimentos, vendo que se não fizesse alguma coisa perderia Freddie de vez, só que, justo nessa hora ela chega no fundo do poço - não vou dar spoiler.


Mas o casal marcou, apesar de não ganhar em preferência do verdadeiro melhor casal de todos, Emily e Naomi, e eu já tô com saudades porque até janeiro que vem restam muitos meses.
"Effy: Quer um trago?
Tony: Me deixa Estranho.
Effy: O quê? Mais estranho que isso?
Tony: Foda-se.
Effy: Por que se incomodar?
Tony: Com o quê?
Effy: Se importar com as pessoas.
Tony: Você não me engana, Effy Stonem."

quinta-feira, 14 de maio de 2009

Amor de longa data


Estava eu procurando uma imagem pra ilustrar meu post sobre Harry Potter quando encontro um site com textos (aqui e aqui) que diziam que a história era uma forma de introduzir as crianças ao satanismo por conta dos símbolos, objetos e enredo da história. E eu perdi meu tempo lendo. Mas devo confessar que não foi perda total porque as acusações que eu li são todas infundadas.
O cara que escreveu pegava certos trechos do livro como:
"Você acha que os mortos que amamos realmente nos abandonam? Acha que não nos lembramos deles claramente do que nunca nos momentos de grande dificuldade?... Sabe, Harry, de certa forma você viu seu pai na noite passada... Você o encontrou dentro de si mesmo." (Lupin para Harry em Prizioneiro de Azkaban)
que, segundo o autor, se interpreta:
"Esse ensino é feitiçaria padrão, que ensina que ninguém nunca morrer, apenas passa para outra dimensão; nessa dimensão, os vivos podem contactar os mortos. A autora ocultista Alice Bailey canalizando as mentiras de seu demônio, Mestre D.K., escreveu: ... a reencarnação é uma lei básica da natureza... a morte não existe.. a morte da forma física é um fator desprezível... e que é facilmente corrigido novamente por meio do processo do renascimento e de uma nova oportunidade."
Ou ele não terminou de ler o livro ou realmente não foi capaz de entender o verdadeiro significado desse diálogo, afinal, Lupin fala que os mortos que amamos se fazem presentes através das lembranças ou de características que se tem em comum com eles. Em nenhum momento Harry entrou em outra dimensão - tirando em Relíquias da Morte, ? - e viu o seu pai. Isso porque esses textos foram escritos antes do público tomar conhecimento das horcruxes. Imagina só o prato cheio que seria pra esse cara escrever um texto sobre uma magia negra que passa um pedaço da alma pra um objeto!
ENFIM, não é sobre isso que eu queria falar. Sim, eu praticamente comecei a ler com Harry Potter, no ensino fundamental. Uma amiga tinha pego emprestado os livros com uma prima, eu vi e me interessei. Meu pai então me comprou A Pedra Filosofal e pronto! Fez-se a mágica, uma semana depois estava eu insistindo pra ele me comprar A Câmara Secreta. Assim os anos foram passando, veio a emoção de esperar o lançamento dos livros seguintes, decepções com as adaptações pra cinema, leitura de traduções não-oficiais na internet e, finalmente, Harry Potter e as Relíquias da Morte.
Dizem que Harry Potter é literatura lixo, comercial, infantil, etc... mas e se for? Isso torna a história menos grandiosa e criativa? Cresci lendo e amando Harry Potter e não tenho vergonha de confessar e discutir com aqueles que não conhecem e criticam. E, valores satânicos? O personagem Harry Potter aprende que o mal se combate com laços de amor e confiança, que a força se encontra nos amigos e que a morte não é algo a se temer, é apenas uma etapa, sim é um valor bem cristão. Além do mais, quem é o vilão da história? Lord Voldemort, um homem cujo seu maior medo não é outra coisa senão a morte. Já Harry chega a todas as respostas que precisava quando aceita a morte - em Relíquias da Morte. Algo a se pensar melhor.

terça-feira, 12 de maio de 2009

Salve a Rainha

Se existe reencarnação eu vivi na Inglaterra durante o final da década de 70 e lá pra metade de 80. Uma colega já até me disse que eu pareço um jovem inglês boemio com minha cerveja e cigarro num bilhar chamado Bilhar Brasil!!! Além desses detalhes ainda tem outra coisa da Inglaterra com a qual me identifico. Música, lógico.
Tipo que 90% da música que eu gosto começou lá, cresceu e hoje em dia deixou sua marca através das bandas de hoje que seguem essa mesma linha. Desde os eletrônicos de Depeche Mode ao The Killers com Hot Fuss ( que não é inglês ) até Joy Division ao Interpol (também não inglês) de hoje.
Pra quem não gosta, muitas dessas bandas podem parecer iguais. Já pra quem ouve, sabe que cada uma tem uma característica marcante diferente.
Legal também é que as vezes, além de música boa, você limpa as vistas.
Maxïmo Park, música "dançante" + a voz do cara = *-*

White Lies, que não deixa o pós punk morrer e posso dizer com certeza que foi meu achado musical de 2008, se manterá no meu mp3 por muitos anos

The Wombats, me lembra Maxïmo Park, a diferença aqui é que a música deles é mais "hiperativa"

Razorlight, a música tem um clima um pouco obscuro, o vocalista é...

Arctic Monkeys, claro, música "crua", vou falar mais nada dele(s) porque senão eu apanho do "patrão"!

The Maccabees, a voz do Orlando W. é uma das minhas preferidas ( e lembra muito a do Robert Smith, The Cure) tanto que eles são minha top no lastfm
Isso é só um tantinho que tirei da lista do meu lastfm de 1 a 20 porque se eu fosse colocar o resto a página não ia carregar nunca.  Deus realmente salve a Rainha porque meus ouvidos agradecem pelo legado musical inglês que venho adquirindo.

domingo, 10 de maio de 2009

Inoscentes... -n

Eva Green como Isabelle em The Dreamers
A Eva se tornou uma das minhas atrizes preferidas principalmente por causa do filme The Dreamers (2004), primeiro longa que a moça fez tendo antes trabalhado só no teatro. Olha que estrear no cinema em um filme do Bertolucci não é pouca coisa não. Algumas pessoas dizem que o diretor encontrou em Eva aquilo que ele procurou pra personagem da Liv Tyler em Stealing Beauty (1996). Beleza Roubada com Eva com certeza seria um máximo mas a Liv não é menos linda e nem menos qualificada pro papel.Liv Tyler como Lucy em Stealing Beauty

Ontem eu estava assistindo Altas Horas com a Mel Lisboa e notei uma leve semelhança entre ela e a Eva. Acho legal o trabalho dela, só é uma pena que não tenha conseguido bons papéis na televisão desde Presença de Anita (2001), outra personagem de aparência inoscente porém com grande apelo sensual.
Mel Lisboa

sábado, 9 de maio de 2009

Qualquer semelhança pode não ser mera coincidência

Meus personagens preferidos dos filmes, livros e séries sempre são muito peculiares. É uma pena eu ainda não ter conseguido criar algum assim mas eu já tentando! Recentemente quem tem ocupado o meu top de personagens preferidos é a Cassie <3, class="blsp-spelling-error" id="SPELLING_ERROR_3">Skins. A personagem saiu no final da segunda temporada mas foi extremamente marcante pelo seu jeito de ser e os acontecimentos - que acabaram se tornando os grandes ganchos das duas primeiras temporadas - que a envolviam.
Além da personagem sofrer de bulimia, passa por mais transtornos do que os outros durante duas temporadas. Eu ficava todo choroso com as coisas que aconteciam com ela. Não consigo descrever nem metade da grandiosidade da Cassie já que, mesmo assim, tá sempre com um sorriso no rosto, um coração muito grande e sempre ajudando qualquer um que precise. Desmentindo sua aparência "aluada" e extremamente tranquila, é muito atenta as coisas que se passam com as pessoas a sua volta com o seu dom de perceber o que está além do que os olhos vêem.
Logo no primeiro episódio notei a semelhança dela com uma outra personagem que também tá no meu top, a Luna Lovegood. Primeiro pela aparência excêntrica das roupas, seguido pelo jeito "aluado", logo depois, quando Cassie fala pro Sid que sabia que na verdade ele amava Michelle mostra o seu lado perceptivo. Luna é exatamente assim, sendo um consolo nas situações críticas das quais participa ao longo da história ao mesmo tempo que, para quem não a conhece, uma piada. Pra mim, dois momentos em especial da Luna se destacaram: uma das partes finais do livro A Ordem da Fênix quando ela consola Harry pela morte do Sírius e a outra, pra mim uma das mais tristes da série, em Relíquias da Morte no seu discurso durante o enterro do Dobby.
 Pode parecer bobagem eu tratar personagens com tanta seriedade mas eles realmente me marcam e, sinceramente, fico feliz de, no meio de toda ficção que eu já vi e li, ter conhecido a história dessas duas que poderiam ser a mesma personagem só que em histórias diferentes. desconfio seriamente que Cassie foi inspirada em Luna. Tá aí uma pergunta que eu faria se tivesse chance pra um dos roteiristas.
Além de tudo se parecem fisicamente:
"A garota ao lado da janela ergueu os olhos. Tinha cabelos louros, sujos e mal cortados, até a cintura, sobrancelhas muito claras e olhos saltados, que lhe davam um ar de permanente surpresa.[...]" (Harry Potter e a Ordem da Fênix, pag. 155)


sexta-feira, 8 de maio de 2009

Ele é fodão mas eu sei que eu sou também



Pra quem gosta de crônicas junkies - ou não junkies, só pervertidas mesmo - a dica de blog é a de um gato - em especial MEU HAHAHAHAHA!
São os primeiros textos dele. Não é só porque é namorado que eu faço propaganda não. Ele tem talento, por isso eu amo <3.

quinta-feira, 7 de maio de 2009

This is England

Não sei porque mas de alguma forma a cultura skinhead me atrai (um pouco). Não sou simpatizante da causa - muito pelo contrário! longe de mim... -, o que eu gosto mesmo é dessa coisa que eu chamo de "cultura de rua", o skinhead - como góticos, indies, punks e afins - está dentro disso.
Dentro desse estilo o que eu mais gosto é do visual: camisa, suspensório, jeans colado e botas. Até ontém era uma das poucas coisas que eu sabia sobre eles até que assisti um filme chamado This is  England.
O filme conta a história real de, Shaun, um garoto inglês de 12 anos que perdeu o pai na Guerra das Maldivas e sofre bullying na escola. No início das férias de 1983 ele se encontra quando faz amizade com um grupo skinhead do bairro. Com os novos amigos ele se sente aceito e feliz, começa a se enquadrar na estética do grupo ( raspa o cabelo, começa a usar suspensório e insiste pra que a mãe compre uma bota Dr. Martens!). No início tudo não passava de brincadeiras, jogos de futebol e festinhas particulares até a chegada de um antigo membro da gangue, Combo, recém saído da prisão. Ali começa o conflito pois Combo começa a passar para o grupo uma ideologia racista. Em uma cena muito tocante, ele descreve um prisioneiro negro que o importunava de forma bastante preconceituosa, ofendendo a todos mas principalmente um dos colegas, cuja família era da Jamaica criando em seguida um rompimento no grupo.
Basicamente o filme mostra como os skinheads foram aderindo ao preconceito racial através de partidos de extrema-direita como o Nacional Front. Em outra cena os integrantes que se uniram a Combo assistem uma reunião do partido incitando o racialismo, culpando os imigrantes de serem os responsáveis pela crise econômica que o país vivia na época.
O diretor Shane Meadows se inspirou na própria infância para escrever o roteiro. Fantástico, me emocionou várias vezes. Destaque também pra trilha sonora com vários clássicos do reggae jamaicano e outras bandas da época.
Pra quem quiser conhecer mais sobre o início dos skinheads o filme é uma boa. Li muitas opiniões - suspeito eu de skinheads - que dizem que o filme mostra o verdadeiro movimento: do culto ao futebol, cerveja e diversão antes das más influências políticas de extrema-direita que acabou se consolidando e se intensificando dentro do grupo tornando o que ele é hoje.

This is England (2006)
Diretor: Shane Meadows
Gênero: drama
País: Grã-Betanha
Fonte: Makingoff

Um poudo do que eu gosto


Bem, entrando no mundo do blogspot pra postar sobre coisas que eu gosto como: filmes, bandas, músicas, inutilidades e afins.
Não espero conquistar muitos leitores, então isso aqui vai ficar mesmo como um deposito de opiniões sobre isso que eu citei acima. A verdadeira finalidade é fazer um tipo de depósio de coisas idiotas... ou não.
Bom, é isso aí.
=]